Cidade enfrenta aumento expressivo de casos da doença e intensifica medidas de prevenção.
Uma criança de seis anos foi diagnosticada com dengue sorotipo 3 em Marília.
O caso gerou preocupação nas autoridades de saúde, já que o sorotipo 3 é o mais perigoso e pode evoluir para formas graves da doença.
De acordo com a Prefeitura de Marília, a criança foi internada no hospital na última quarta-feira (19), recebeu alta e continua sendo monitorada por médicos.
A prefeitura afirmou que intensificou ações de vigilância e fiscalização, mas ainda não detalhou as novas medidas de prevenção.
Com mais de 4.250 casos registrados de dengue este ano, Marília lidera o ranking de incidência na região.
Em seguida, Bauru aparece com 3.441 casos, Assis com 2.450 e Cândido Mota com 1.669.
Dengue tipo 3: o que preocupa?
O sorotipo 3 (DENV-3) do vírus da dengue é considerado um dos mais virulentos e com maior potencial de causar complicações graves.
Estudos do Ministério da Saúde indicam que, após uma segunda infecção por qualquer sorotipo, o risco de evolução para formas severas da doença aumenta.
Os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a quadros mais críticos.
A introdução do DENV-3 em uma população que já foi exposta aos outros tipos do vírus pode levar a surtos mais intensos, como o que ocorre atualmente em Marília e em outras cidades da região.
Aumento de casos e alerta para novas infecções
No Brasil, os quatro sorotipos do vírus da dengue estão circulando simultaneamente, o que aumenta a chance de infecções múltiplas.
Essa sobrecarga pode resultar em casos mais graves, principalmente em pessoas já imunizadas contra um sorotipo, mas suscetíveis aos demais.
Desde 2008, o DENV-3 não circulava de forma predominante no país, o que deixa a população mais vulnerável.
O aumento do número de casos, somado à circulação dos sorotipos 1 e 2, acende um alerta entre especialistas.
Casos de dengue na região
- Marília: 4.250 casos
- Bauru: 3.441 casos
- Assis: 2.450 casos
- Cândido Mota: 1.669 casos
Com a chegada da temporada de chuvas e o aumento das condições para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, os cuidados devem ser redobrados. Autoridades pedem que a população continue com a eliminação de focos do mosquito e que mantenha a vigilância ativa para evitar novas infecções.