Fundador do CAPSA, VOCEM e outros projetos sociais, religioso marcou gerações com ações de fé, solidariedade e amor ao próximo
Neste 4 de maio, Assis recorda com carinho e saudade os 29 anos do falecimento do Padre Aloísio Bellini, ou Luigi Bellini, como foi batizado na Itália.
Missionário do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras (PIME), ele dedicou sua vida a servir os mais necessitados — deixando um legado humano e espiritual que ainda pulsa na cidade.
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Padre Bellini chegou a Assis em 1953.
Assumiu a paróquia de Nossa Senhora das Dores, na Vila Operária, onde permaneceu até 1987.
Foi lá que idealizou e deu vida a uma série de projetos sociais e culturais.
Entre eles, o CAPSA – Círculo dos Amigos do Pão de Santo Antônio, fundado em 5 de junho de 1958, com o propósito de amparar famílias carentes.
Com sensibilidade e visão além do seu tempo, o padre transformou a Casa Paroquial em centro de acolhimento.
Criou um consultório médico com o apoio do Dr. Baleotti, distribuiu medicamentos, e firmou parcerias com a UNESP para atendimento psicológico gratuito à população.
Mas ele foi além: formou o Teatro Amador Vila Operária (TAVO), criou o time esportivo VOCEM, fundou a Biblioteca Circulina e a Banda São José Operário.
Todas as terças-feiras, abençoava alimentos e distribuía pães aos necessitados — mantendo vivo o exemplo de Santo Antônio, de quem era profundo devoto.
Padre Bellini deixou Assis em 1992, já com a saúde fragilizada, retornando à Itália, onde faleceu em 4 de maio de 1996, aos 83 anos.
Está sepultado em sua cidade natal, Onore, província de Bergamo, ao lado dos pais, Maurizio e Marcellina.
Embora tenha partido há quase três décadas, sua memória permanece viva.
Os projetos que fundou continuam ativos, sustentados por voluntários inspirados por seu exemplo de compaixão e serviço.
Seu legado vai além das obras físicas: ele plantou valores que seguem florescendo.
E como dizia Santo Antônio, lembrado em suas pregações: “Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa.”
